SETEMBRO AMARELO | 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo, alerta OMS
Com
800 mil pessoas que acabam com suas vidas todos os anos no mundo — uma a cada
40 segundos — os números continuam alarmantes, embora a taxa de suicídio per
capita esteja caindo, informou a OMS na última segunda-feira (9/9).
Em um
relatório publicado um dia antes do Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que entre 2010 e 2016, a taxa global
caiu 9,8%, com quedas que vão de 19,6% na região do Pacífico Ocidental a 4,2%
na região do Sudeste Asiático.
A
região das Américas — onde o acesso a armas de fogo é um importante meio de
suicídio, segundo a OMS — é a única que registrou um aumento (+6%). Parte do
declínio da taxa mundial se deve ao fato de mais países terem estratégias de
prevenção. “Apesar
do progresso, ainda há uma morte por suicídio a cada 40 segundos”, a mesma
frequência que a indicada em 2014, disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus, em um comunicado.
Setembro Amarelo
Várias
campanhas ligadas as patologias são identificadas por cores, como o Outubro
Rosa, que fala sobre o câncer de mama e o Novembro Azul, que aborda o câncer de
próstata. Setembro vem com a cor amarela e se coloca como uma oportunidade de
intensificar o debate sobre o suicídio. O objetivo da campanha Setembro Amarelo
é alertar a população sobre o problema e mostrar que vários casos poderiam ser
evitados. O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo
próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte de forma consciente e
intencional. Esta autodestruição é um fenômeno presente ao longo de toda a
história, em todas as culturas. É considerado pelo Ministério da Saúde como um
problema de saúde pública.
Dia
10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Segundo o CVV (Centro
de Valorização da Vida), 90% dessas mortes poderiam ser evitadas e a melhor
forma de fazer isso é falar sobre, quebrar tabus, superar estigmas e senso
comum, alertar e conscientizar a população. Para
o professor de Psicologia da FAESA, Doutor Dalton Demoner Figueiredo, a
importância do Setembro Amarelo está em justamente estimular a todos a falar
sobre esses assuntos que, por muitas vezes, são tabus. “Diferentemente do que
muitos dizem, falar do suicídio não aumenta a incidência dos casos”, diz o
professor, que enxerga no diálogo a possibilidade de criar oportunidades de
apoio a quem estava pensando em tirar a própria vida, e de diminuir o
preconceito e resistência a respeito do tema.
Falar
é importante. Procurar ajuda também. Mas há como prevenir? O cuidado diário com
a saúde mental tem sido um tema cada vez mais frequente. Por muito tempo, fomos
orientados a cuidar do corpo, do físico, e deixamos de lado atitudes simples
que podem nos ajudar a trabalhar nosso equilíbrio emocional, por exemplo. Uma
boa opção de ajuda é ligar para o número 188, onde pode-se conversar com um
voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV). O atendimento é 24h. A
cartilha Falando Abertamente sobre Suicídio elaborada pelo CVV também traz
informações interessantes sobre o assunto e vale a pena ser conferida.
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